A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos realizou nesta quinta-feira, dia 23, audiência pública, onde o assunto principal foi a exploração de crianças e adolescentes através do trabalho infantil, um problema que vem causando muitos prejuízos a milhares de famílias brasileiras, já que, comprovadamente crianças e adolescentes que trabalham nas ruas, inevitavelmente passam por situações de risco e muitos acabam por abandonarem a escola. O Evento foi comandado por Raphaela Lima, coordenadora das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), e a palestra magna ficou por conta de Leônidas Leal, coordenador estadual do PETI, da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude. Como sempre ocorre em audiências públicas em Bezerros, o pequeno auditório da Câmara não teve seus lugares tomados, o que despertou o comentário inicial de Leônidas, sobre o desinteresse da população em um assunto tão relevante, pois Pernambuco é um estado que tem números negativos e tem um grande índice de violência contra jovens em situação de risco, sendo que milhares deles sofrem acidentes de trabalho.
Durante sua palestra o coordenador estadual falou das ações de enfrentamento ao trabalho infantil e relatou os tipos de trabalhos de risco, sendo a feira livre um dos locais onde não deveria ter crianças trabalhando, o que afeta diretamente a cidade de Bezerros, que tem dezenas de jovens realizando este tipo de trabalho. Leônidas Leal ainda elencou a pobreza, a falta de políticas públicas e a cultura do povo brasileiro, como causas principais para o crescimento do trabalho infantil no país. O palestrante colocou o público interagindo, respondendo perguntas e opinando sobre o assunto, e ao final foi aparteado por Luís Augusto, representante da Associação dos Filhos e Amigos de Bezerros (AFABE), que corroborou tudo que foi dito e ainda enriqueceu o debate, falando da responsabilidade de toda a sociedade no combate ao trabalho infantil, deixando claro que não existirá futuro em nenhum país onde as crianças e adolescentes não estejam na escola.