Turismo

Início Turismo

Turismo

Pontos Turísticos
Tradição do Papangu

Tradição do Papangu

A HISTÓRIA POPULAR

Em épocas remotas, meados dos anos de 1900, algumas pessoas tiveram a ideia de uma simples brincadeira. Tratava-se de sair às ruas mascaradas, com roupas arranjadas e com o mínimo de identificação possível, passando de casa em casa para serem recepcionadas e curtirem a festividade. Nas visitas, era oferecido angu de milho, uma comida típica da época e da região. Passando o tempo, o costume ficou e quando as crianças avistavam os mascarados, logo falavam: “Lá vem os papa-angu”.

Desde então, os tais mascarados foram adotados pelo nome de “papangu” e tornaram-se tradição de todo carnaval. Mascarados saindo em blocos ou sozinhos, roupas combinadas e com ou sem adereços, assim, surgiu o maior bloco de carnaval do interior de Pernambuco, o Bloco do Papangu, onde todo mundo brinca ao seu jeito e todos falando uma só língua, a da felicidade. Graças ao reconhecimento do Carnaval do Papangu muitos artistas da região tiveram brilhantes ideias de eternizar os mascarados em quadros, peças e artigos decorativos, levando o Papangu de Bezerros para os quatro cantos do mundo.

Carnaval do Papangu

Carnaval do Papangu

O papangu surgiu de uma brincadeira de familiares dos senhores de engenhos, que saiam mascarados, mal vestidos, para visitar amigos nas festas de carnaval e comiam angu, comida típica do Nordeste (agreste) pernambucano. Por isso, as crianças passaram a chamar os mascarados de papangu.

Há versões populares sobre a origem desses personagens no carnaval de Bezerros. Uma, vem de uma história muito antiga: dois irmãos que comiam muito angu, resolveram cortar as pernas das calças e cobrir o rosto com capuz para não serem reconhecidos, mas o disfarce não funcionou. Foram descobertos pela gula. Outra, é que, no século 19, os mascarados ganharam esse nome depois que uma senhora resolveu preparar angu de xerém para alimentá-los.

Antigamente o papangu tinha a máscara confeccionada com coité (cuia do fruto), cuja pintura era feita com azeitona preta, açafrão e folha de fava. Possuía chocalhos ao redor da roupa, que era enfeitada com palha de banana e na mão levava um maracá de coco seco com pedra dentro.

Atualmente, a matéria–prima usada nas máscaras é o papel colé e maché. Os papangus vestem túnicas compridas, dos pés à cabeça, colocam as máscaras para ficarem totalmente cobertos, pois a meta é se esconder, ganhando a farra sem ser identificados.

Antes de cair na folia, costumam comer angu, que é normalmente fornecido pelos moradores locais. Quando vai chegando a época próxima do carnaval, os foliões procuram confeccionar suas fantasias em segredo, para não correrem o risco de ser desmascarados antes da festa.

Em Bezerros, a cultura do papangu é vivenciada durante o ano inteiro, através das oficinas de máscaras, da culinária desenvolvida com variados pratos feitos com angu, além das oficinas de dança e música carnavalesca.

RESUMO DO CARNAVAL

O município de Bezerros é considerado como o terceiro maior polo carnavalesco de Pernambuco, a folia do papangu inicia-se nos sábados e é finalizada na quarta-feira de cinzas. Tendo no domingo de carnaval o Bloco dos Papangus, sendo este o mais conhecido que a partir das 9h da manhã, deixa a cidade lotada de foliões e papangus. Os blocos de papangus são acompanhados de orquestras de frevo e carros de sons, desfilando pelas principais ruas da cidade até a Praça da Bandeira, no Centro da cidade, quartel-general do carnaval, onde outros papangus incorporam-se à festa. Os mascarados participam ainda do concurso de Papangus, concorrendo a prêmios.

O carnaval de Bezerros, além de aquecer a economia da região, é um dos destinos mais procurados do Brasil e conhecido internacionalmente. A tradição é que os foliões brinquem o carnaval usando máscaras que são produzidas e confeccionadas pelos artesãos da própria cidade. A tradição fez com que o município ficasse conhecido como a “Terra do Papangu”. Dois artistas considerados patrimônios vivos de Pernambuco são bezerrenses: Lula Vassoureiro (artesão e produtor de máscaras) e J. Borges (cordelista e xilogravurista).

Preferência de Cookies

Usamos cookies e tecnologias semelhantes que são necessárias para operar o site. Você pode consentir com o nosso uso de cookies clicando em "Aceitar" ou gerenciar suas preferências clicando em “Minhas opções”. Para obter mais informações sobre os tipos de cookies, como utilizamos e quais dados são coletados, leia nossa Política de Privacidade.